quarta-feira, 23 de junho de 2021

Minas Gerais: cidades históricas de 10/06/21 até 21/06/2021


A ideia de voltar a Minas Gerais era antiga.  Na  minha infância e adolescência,  anualmente, íamos nas férias de julho para Poços de Caldas pois meu pai adorava as águas termas deste local, e minhas lembranças são lindas. Minha ideia era de incluir Poços na rota, mas ficava muito fora do percurso, e, às vezes, é melhor guardar as lembranças pois o retorno, após mais de 50 anos, pode ser bem frustrante. Com certeza, não será mais o lugar idílico de minhas memórias,  de passeios de charrete, e de ouvir os meninos, vendendo pamonha fresca. 
Decidimos fazer parte da rota da Estrada Real, de carro, partindo  de Belo Horizonte: Ouro Preto, Lavras Novas, Mariana,  Tiradentes, São João  del Rei e Brumadinho, para visitar Inhotim, este museu a céu aberto.
Saímos de Florianópolis, rumo a Belo Horizonte c/ escala em São  Paulo. Vôos tranquilos, aeroportos cheios, mas o pessoal respeitando, de máscaras. Talvez, devido à  pandemia,  as pessoas comecem, no futuro, a agir de forma mais civilizada, sem atropelos, nas saídas dos voos já que, atualmente, está  sendo feita por filas, seguindo orientações dos comissários.

Não há serviço de bordo e despachamos nossa bagagem  pois ofereceram gratuitamente, por falta de espaço na cabine.  Havíamos feito uma reserva de um automóvel pois a ideia é  percorrer parte da Estrada Real.  Fui ao balcão da Rentcars, e nos disseram para aguardar que uma van da Unidos viria nos buscar.  Acabamos pegando um Ford Ka pois a outra opção era um Voyage, que acho horrível.  Havíamos pedido um Fiat Argo, mas não estava disponível.  Esqueceram de nos informar controles básicos do carro, e passamos alguma dificuldade c/ limpadores, bagageiro, luzes.  Problemas contornados. Seguimos.


Com o "Google Maps" nos direcionando até  a Pampulha, paramos para almoçar em um restaurante de esquina, com uma larga varanda, com vista para a lagoa. Chopp Express.  Lugar ótimo.
Eu escolhi um mexidão c/ torresmos, e o Juan uma polenta. Excelente!


Ficamos no Bristol Pampulha Lieu, um hotel bem localizado, e confortável,  mas com um serviço precário, e atendentes não muito solícitos.  Tivemos problemas pois ao entrar no banheiro vi que a lixeira estava cheia. Deu nojo! Reclamamos pois nos pareceu que a habitação não havia sido higienizada a contento, e nos trocaram de quarto. Tropeços e dificuldades normais em qualquer viagem. Nem tudo sai como imaginamos, mas são  detalhes contornáveis,  e sem maior importância. Servem, inclusive, depois, para darmos algumas gargalhadas pois, com distanciamento,  há  cenas cômicas  como as da nossa chegada, quando não conseguíamos  abrir o porta malas.
Descansamos, e depois saímos pelo bairro a caminhar. Bairro simpático. Final da tarde, comemos pães, recheados com alho, e tomate seco. Comida mineira é  um show. Os pães de queijo, então,  deliciosos.

11/06
Após o café  da manhã,  no hotel,  fomos ao Parque ecológico da Pampulha. Já havia feito uma reserva de ingressos, necessária devido à  restrição  quanto ao número de pessoas no parque. Muito agradável!  Andamos pelas diferentes áreas. Tem até  um recanto japonês.


Depois fomos ver a casa de Juscelino Kubitcheck, que hoje é  um museu, mas estava fechada, em virtude da pandemia. 
Dá para viajar,  durante a pandemia e aproveitar, mas há muitas restrições, e há que ir sabendo que nem tudo poderá sair como planejado, aliás como em tudo na vida. Há, sempre, o inesperado, que torna a vida mais surpreendente.

A parte da lagoa da Pampulha  é muita linda. Os prédios mais importantes foram construídos para refletirem na lagoa.
A igreja  Curial de São  Francisco de Assis, projetada por Oscar Niemayer, com cálculos arquitetônicos de Roberto Cardozo, pinturas de Portinari, e paisagismo de Burle Marx é  maravilhosa.  Foi construída em 1943, mas de 45 até  59 (14 anos) ficou fechada pois a Igreja católica não a reconhecia como igreja por não ter a estrutura clássica de uma, ou seja  um altar com a imagem de Cristo, santos, e um batistério. 

É muito linda a imagem de  São  Francisco, rodeado de pessoas descalças, simbolizando sua condição de protetor dos necessitados,  e dos animais, retratados por pássaros, e um cão. Um conjunto incrível, mais uma obra destes gênios da arquitetura e pintura.
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Almoçamos  no Jardim de Minas. Ótimo restaurante, com buffet, no bairro de Lourdes. Sobremesas de Romeu e Julieta, com queijo mineiro  e doce de laranja em calda. Delícias!

À tarde,  fomos para o centro da cidade, e visitamos a praça da Liberdade em Savassi, coração de BH, com museus (Gerdau, Minas, e o prédio de Niemayer). Lamentavelmente, todos fechados.
 A praça é linda, jardins inspirados em Versailles,  com uma ala de palmeiras e cercada por prédios importantes e imponentes.


12/06

Fomos explorar os diferentes bairros da cidade. Corremos a Pampulha, passando
pelo Mineirão,  Savassi, e depois   Lourdes, bairro chic,  andamos por diferentes ruas, e praças, e fomos ao shopping Diamond Mall, onde almoçamos na praça  de alimentação.  Na esquina  está o Centro Mineirão, com as medalhas do time. 
Gostamos de BH. Linda cidade, ampla, com muitos parques, praças e com a vista da serra de São  José, ao fundo, que é  um espetáculo. 


13/08
Saímos rumo a Ouro  Preto, mas decidimos ir  primeiro, até Mariana, que fica  a poucos minutos, mas em direção contrária a Tiradentes, que será a próxima parada.

Mariana é uma cidade localizada a oeste do Brasil, sendo  a mais antiga de Minas Gerais, e conhecida por sua arquitetura  barroca colonial.  Perto da Praça Gomes Freire, arborizada com lago e mirante, há  a Catedral de Na Sra da Assunção,  com um órgão  alemão do século XVIII.
 A igreja de São Francisco possui lustres de cristal boêmio do século XVIII.

Lembramos, sempre a tragédia de 5/11/2015 quando  houve o rompimento da barragem de Samarco,  provocando 19 mortes.
Até  hoje não  houve julgamento ou recuperação ambiental, mas a cidadezinha está bem cuidada e é bem bonitinha.



Não  conseguimos visitar o interior das igrejas pois estavam todas fechadas. Andamos pela praça e suas ruas. 
De Mariana  até Ouro Preto foram 21 minutos. Percorrer de carro as ruelas de Ouro Preto é  uma peripécia  e tanto. São  super estreitas, com pedras irregulares e para um carro passar, se vier um na direção contrária,  tem que parar para dar passagem.

Ficamos hospedados na Pousada do Arcanjo, que foi uma das melhores experiências da viagem. Pousada temática, com os atendentes vestidos como Inconfidentes,  quartos com nomes dos personagens ilustres, decoração caprichada,  um atendimento maravilhoso, e uma van fazendo o percurso pousada-praça, com uma tabela de  horários, que nos foi fornecida,  na chegada. 
Como chegamos, passado  das 12:00, mas antes das 14:00, deixamos a bagagem, pegamos uma van para o centro histórico, e fomos almoçar. Cidade com muitos visitantes. Era domingo e felizmente estava tudo aberto. Na 2a ficou um deserto, e fechou tudo. Portanto, se programar sua viagem, ainda durante esta pandemia,  vá  no final de semana.

Ao chegarmos a praça Tiradentes, ponto principal de Ouro Preto, um rapaz negro, de nome Marcelo, se ofereceu como guia para nos levar às principais atrações e contar a história  da cidade por  R$60,00. Há  vários guias.  Falamos que queríamos primeiro almoçar, e ele nos levou ao restaurante  Casa do Ouvidor.

 Vi no cardápio  galinha ao molho pardo. O garçom anotou, mas voltou dizendo que, neste dia, não estava disponível. Não  gostei muito pois havia dado aquela vontade de comer uma galinha ao molho pardo, o que não fazia desde que minha mãe a preparava, e isto há mais de 30 anos.  Resolvemos, então, ir a outro restaurante, tentar comer uma. O Marcelo  disse que nos Contos de Réis  tinha, e fomos para lá. Aliás o Marcelo fez por merecer o cobrado, com suas dicas e explicações. Sem guia não sabemos o que estamos vendo, ou onde ir.

Casa do Ouvidor

   Contos de Réis 
 Adorei o restaurante, rústico,   uma antiga senzala, com correntes, onde os escravos eram amarrados. Horrivel pensar que as casas tinham sua serventia, ou seja, a porta lateral por onde os escravos entravam e saiam, e nas atrocidades que sofriam. Não  podiam utilizar a entrada principal.  Daí  surgiu a expressão  a "porta é  a serventia da casa." Também   as casas de pessoas de maior posse eram de dois andares. Casa grande e senzala. O entrar em contato com esta nossa história, que é  muito recente (pouco mais de um século)é  chocante.
Comemos a galinha ao molho pardo, que estava deliciosa. Talvez não igual a de mamãe, mas ótima.

Na sequencia, fomos visitar a igreja de São  Francisco, obra de Aleijadinho, alcunha de Antônio Francisco Lisboa. Ele foi um importante escultor, entalhador, e arquiteto do Brasil colonial. Tinha uma doença deformativa, e devido a isto o apelido.
Nasceu em  1738,  em Ouro Preto, Minas Gerais; e seu falecimento ocorreu em  18 de novembro de 1814.
Sua obra é  em estilo barroco, rococó.
Tinha os cabelos encaracolados e nariz afilado, segundo Marcelo. 

   
      É linda a igreja. Um trabalho fantástico!

A seguir, fizemos um tour pelas Minas do Palácio Velho, que vale super a pena.  A história é  terrível pois contam que utilizavam crianças na exploração das  minas. Quanto menores, e mais delgados,  mais fácil adentrar os túneis. Morriam cedo devido às  condições insalubres.
Contou que chegou a ter 1800 moradores em Ouro Preto. Hoje, são só  80 mil. Nos deram capacetes, mas dá  para imaginar ficar horas em um local  escuro , abafado  e úmido.  Morriam de tuberculose.


Voltamos para a pousada, final do dia, com a van. Tomamos banho e pedimos caldo verde (eu) o Juan canja, acompanhado por um tinto Malbec c/ uma lareira acesa, em um lindo ambiente. Perfeito!




         Sala de estar da pousada 
No outro dia, 14/06 ,  resolvemos sair a pé para explorar  os arredores. 
Passamos pela rodoviária, igreja das Mercês, e começamos a descida. Ouro Preto é  muito íngreme.  Morros e declives. Precisa estar em forma.  Esperava mais, e não me encantou. Achei a praça  fria, sem verdes. O local e a  vista, entretanto, são maravilhosos.

No topo do morro, igreja Mercês 

A cabeça de Tiradentes foi exposta nesta praça, mas depois de 3(tres) dias, desapareceu.
Chegamos, dia 13/06, um domingo, e pudemos visitar as minas, igreja etc, já na 2a feira estava tudo fechado. Uma lástima pois além dos museus estarem fechados,  as igrejas também. Devido a pandemia tudo está funcionando restrito de sexta a domingo.
Subimos e descemos ladeiras e depois fomos na Feira de Pedra Sabão. 
 Há todo tipo de objetos. Lindos! São  artesões  fantásticos. 

          Feira da Pedra Sabão 
 Almoçamos no Imperial e depois de algumas visitas a lojas diversas, pegamos um  taxi  de volta. 

15/06
Vamos para Tiradentes. É uma puxadinha.  São 2h54 minutos de estrada linda, mas tortuosa. O panorama é maravilhoso, e há  inúmeros Joãos  de barro. Nunca havia visto algo assim. De todos os tamanhos e formas.


















Chegamos ao  Pouso da Josi, em Tiradentes, ao redor das 12:00. Fizemos o check-in,  e o atendente me deu um mapa com explicações básicas. Rua direita para chegar aos principais pontos turísticos, praça das Forras, igreja, e a outra rua com as lojas e restaurantes. Nos  indicou o restaurante do Celso, fechado. 
Há, entretanto,  vários  locais atraentes,  com cadeiras nas calçadas, estufas, charretes coloridas que fazem um circuito curto por R$60,00,  longo R$100,00; um busto de Tiradentes em cima de uma base tríplice, que indica sua condição de masson.
Adoramos Tiradentes. É  mais colorida,  alegre , em virtude de ter plantas, mais verde do que Ouro Preto, e os  restaurantes mais convidativos, com toldos e mesas nas calçadas.  As lojas também são  melhor decoradas. 
Na realidade, Tiradentes, ou melhor Joaquim José da Silva Xavier, não nasceu ou morreu aqui. Nasceu em Ritápolis,  São João del Rei, em 1746, e veio para Tiradentes ainda criança, após a morte dos pais, quando foi adotado.  Exerceu diversas profissões, inclusive a de dentista, herança de seu pai adotivo.
A praça  das Forras  é  onde os Inconfidentes se reuniam e o nome é  porque ali decidiram ir à forra, ou seja agir, levar adiante o movimento da Inconfidência.



O passeio itinerante Lendas da Vila é  super interessante. Andamos pelas ruas e becos,  e o guia contou as histórias, lendas, ditos populares, em meio à brincadeiras,  e estabelecendo elos entre passado e presente de maneira  inteligente e sagaz. Descobri o sgnificado de várias expressões, como o nosso famoso " Vai a merda". Na época do império não havia instalações sanitárias, e usava-se pinico para as necessidades. As ruas eram feitas de forma ovalada, com o centro mais alto para que  os dejetos escorressem pelas laterais.  Que horror! Antes de jogar pelas janelas, gritavam "Vai a merda" para que as pessoas se protegessem, e por isto o homem sempre ia pela beira da calçada para proteger a mulher. Algo impensável nos dias de hoje.
A igreja de Santo Antonio é  maravilhosa.  Trabalho de Aleijadinho, e de onde se descortina uma linda vista de Tiradentes. Outro local, com visual incrível,  é  no ponto oposto, na Igreja São Francisco de Paula. 


O Chafariz,  a igreja de São Francisco de Paula, Na Sra das Mercês, Museu Santa Ana( lamentavelmente fechado).

São  Francisco  de Paula 

Ótimos restaurantes em Tiradentes . O único problema é  que devido a pandemia  funcionavam somente até  às  19:00, e muitos estavam fechados.
Um dos locais, em que comemos, super bem, foi no Boulevard Tiradentes. Pedimos uma lingua ao vinho com polenta, fantástica.  O garçom,  Thales,  super querido.

DIA 16/06

Fomos a São João  del Rey passando por Lavras Novas. Cidadezinha encantadora, pastoral, com lixeiras pintadas de vaquinhas, e as mesmas( vacas) perambulando pelas ruas. 


São  João  del Rey é uma cidade com mais de 100 mil habitantes, e tem, hoje, a parte nova super desenvolvida, e a  histórica  não tão bem conservada como Tiradentes. Achei bonita. Esperava mais.  Andamos pelo centro histórico e visitamos a igreja Na.Sra do Carmo, denominada Véu  de Noiva porque é  toda branca.
Tomamos chá com torta em uma cafeteria charmosa. 



A história do município de São João del Rei, em Minas Gerais, está associada à descoberta do ouro na região, no começo do século 18. Da riqueza do período colonial, a cidade preservou um magnífico acervo arquitetônico e cultural, representado, entre outros exemplos, pelas igrejas de São Francisco de Assis, Matriz de Nossa Senhora do Pilar e Nossa Senhora do Rosário, pela ponte da Cadeia e a Casa de Bárbara Heliodora. Berço  de Tacredo Neves  e de  Tiradentes, José   Joaquim da Silva Xavier.

Dia 17/06

Visita a Bichinho a 7 kms de Tiradentes.   Este foi um passeio encantador.  O nome foi dado por um escravo que pegou vários escravos, e os levou para esta região, denominando-os de Bichinhos. Não sabia que depois da alforriados,  alguns escravos  pegavam outros para trabalharem para eles. História que se repete. As pessoas internalizam comportamentos, e os multiplicam.

Todo o caminho é povoado de artesãos,  lojas. O artesanato da região é rico na produção de móveis, estatuetas, bancos, artigos de enfeites,  pedra sabão, joias e têxtil.

Paramos, primeiro, no Museu do Automóvel. Fantástico!  Raridades, como o Mercury do pai (51)só  que cinza, ao invés de azul. Alugam para eventos,  casamentos, novelas.



Depois paramos na Casa Torta. Experiência  única. AMAMOS!


Na entrada, você recebe um roteiro, no qual você é  o guia. Foi projetado por uma gaúcha,  Lu de Novo Hamburgo, que criou um local e atividades lúdicas,  inteligentes, que te levam a redescobrir a criança interna. Pintamos, andamos de roda , bambolê,  descemos no escorregador,  andamos de perna de pau; relembramos velhos brinquedos favoritos. Maravilhoso. Passeio imperdível!

Visitamos a  Oficina do Osório, artesanato maravilhoso, e a Cida Guimarães. Imagina uma loja com meu apelido e sobrenome?. Pois  é,   há uma loja de quase um  quarteirão; móveis,  objetos, têxtil  etc, com meu apelido e sobrenome. 



Almoçamos na Casa da Angela , comida tipica mineira, direto das panelas de ferro. Maravilhosa!

A rua principal de Bichinho é  uma graça. Este é  um passeio imperdível. Programe uma manhã  c/ almoço na Angela.



18/06

Após  o café manhã, saímos às  8:30 rumo a Brumadinho.  São 217 kms, 3h46 com muitas curvas , lombadas e velocidades máximas de 40/ 60 kms. Paisagens lindas!

Chegamos quase às 13:00,  e fomos direto ao  hotel Ville de Montagne. Fica no topo  de um morro, com vista da cidade e c/ estacionamento. Fomos almoçar no Brumagrill, um local lindo, com almoço buffet bem gostoso. 
Sugestão da sobrinha, Luisa.


Demos  umas  voltas pela cidade, que é bem pequena e fomos descansar pois estávamos  moídos.  Jantamos no hotel. Ficar neste hotel é bastante conveniente. Além de ser confortável, tem uma posição privilegiada e está  a poucos kms de Inhotim.

19/06 e 20/06

Rumamos, após o café da manhã para Inhotim a 4 kms. 
O Inhotim é  considerado o maior museu a céu  aberto. São  mais de 700 hectares de plantas,  matas, e animais silvestres. Foi inaugurado em 2006, e fundado por Bernardo Paz, um mineiro, e
um dos maiores colecionadores de arte.  
Compramos passaporte p/ 2 dias e transporte. A recepção fica a cerca de 1 km da entrada, acessada  por um caminho arborizado e lindo. Após apresentar os ingressos, colocam uma pulseira identificadora e te entregam mapas. 
Começamos pela  rota laranja, visitando as galerias.

São  3 zonas: laranja, amarelo, e rosa, e estavam em operação  5 rotas, de carros elétricos.
 Você sobe e desce nos pontos de embarque / desembarque,  e anda até  às galerias e obras. Não  obedece a uma ordem lógica, e  todo o esquema é  meio confuso pois as obras não seguem uma ordem já  que muitas são itinerantes.
O local é  maravilhoso, com plantas magníficas, exóticas  e jardins lindos.  Há que programar, no mínimo, dois dias e meio para ver tudo. Caminha-se bastante e  fica um tanto cansativo. Há  obras  e exposições magníficas,  e outras que vc não vê sentido algum. 
Escolhi ver primeiro as galerias, depois os jardins, e por último  as obras. Acredito que um guia levando às  principais, ajuda bastante. Fazer uma seleção prévia, do que queremos ver, também ajuda. 
Há a possibilidade de locar um carro exclusivo para até 5 pessoas, com guia (a parte), mas só o carro tem um custo, hoje, de R$500,00.
No primeiro dia,  conseguimos fazer as rotas laranja e rosa,  faltando algumas obras. No segundo dia,  fizemos o que faltava nas rotas de carro, e após o almoço,  enquanto o Juan descansava, eu fiz  a amarela,  para a qual não há  transporte.
Fiquei encantada com os inúmeros  bancos artesanais. São, por si  só,  obras de arte.
As plantas são  incríveis. Amei as palmeiras tipo concha e as orquídeas. 
Destaco  os que mais me encantaram. Na zona laranja:

      Adriana Varejão, maravilhosa 
 
Obra deYayoi Kusama 
Narcisos flutuantes

ELEVAZIONE ( árvore sustentada em bronze) Giuseppe Penone
 
      Beam Drop  Chris Burden

    Helio Oiticica   Magic Square
Destaco na Zona Rosa  a Galeria  Claudia Andujar 
e suas fotos dos índios Ianomani

Na Zona amarela, gostei muito da Galeria Praça.

   e das obras de   Tunga,  True Rouge

  
     e Simon  Starling ,  The Mahogany Pavillion
As atrações da botânica, com suas espécies raras, e a possibilidade de deitar na grama, se recostar  nos bancos, deleitando-se com as diferentes espécies,  de beleza inigualável,  além de observar  patos, esquilos , e outras  aves. 
Um local para curtir a natureza e o que  esta tem de mais lindo. 
Deus está super presente.




 
   
     Carrinhos elétricos  por rotas


Almoçamos,  nos dois dias, no restaurante Oiticica, e foi  um prazer  extra. Comida gostosa, ambiente agradável.   As atendentes,  protegidas por um vidro, nos serviam  conforme nossa indicação. Inhotim é um lugar para guardar no coração.
 
Para maiores detalhes/ fotos/ reservas, acesse: www.inhotim.org.br

Decidimos voltar para BH, ainda no domingo, encurtando nossa estada  devido às  condições  da estrada  sinuosa, com muitas lombadas,   cerração  extensa de madrugada, e a necessidade de estar, no máximo, às 8:00 no aeroporto. Teríamos que sair muito cedo para devolver o auto  na locadora. 
Reservamos o Ibis Styles Coffins a poucos kms do aeroporto. Chegamos em BH às  17:00. Fizemos check-in, ligamos para a locadora, e fomos devolver o carro. O problema é que 17:30 
já estava escuro  e dependíamos do GPS,  que nos levou à um local na estrada que não  havia nada. Mensagem: "Chegamos ao seu  destino". Na 2a vez que isto ocorreu, já  cansados, paramos em um posto, e a atendente nos explicou. Na realidade, há um desvio da estrada para a rede de locadoras.  Se tivéssemos voltado no dia do embarque, teríamos perdido o voo.
Acabou dando tudo certo,  e somos muito  gratos por termos  vivido mais esta experiência linda. Viajar é renovador e uma escola. Aprendemos sobre a história de um local, povo, sobre nós mesmos, e voltamos com uma visão ampliada e renovada.
MInas é um estado rico, encantador pela sua topografia, história, povo e gastronomia. Coloque em sua rota.

 Até a próxima!


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